domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal


   Lucas 1:31 " E eis que em teu ventre conceberás, e darás a luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus."

      Lucas 1:77 " para dar ao seu povo conhecimento da salvação na remissão dos seus pecados."


     Natal. Sinônimo de esperança, paz, alegria, luz e fé.
    
 Esperança de que a humanidade se converta ao amor.

 Paz para podermos assimilar nossos aprendizados.

 Alegria pela certeza de que somos verdadeiramente amados.

 Luz que nos aparta das trevas e fé que nos alimenta nessa jornada de conhecimento.

 Que 2013 seja um Novo Ano, um ano de esperança, paz, alegria, luz e fé. 


São meus votos para você e todos os seus. Boas Festas.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Em um dos passeios que fizemos a noite em Poços de Caldas, assistimos a apresentação de uma cantora chamada Valgra Maria. Sua voz era muito bonita e fiquei impressionada com a interpretação que fez da música "Melodia Sentimental" de Heitor Villa Lobos e letra de Dora Vasconcelos. Confesso que foi a primeira vez que ouvi essa música e achei maravilhosa.
Segue um vídeo de Monica Salmaso interpretando esta linda canção.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Lição de vida

    As vezes ouvimos algumas palavras que soam fortes em nossos ouvidos. Pensamos que sabemos o significado delas e quando, na nossa ignorância, vamos procurar saber vemos que não são tão horríveis quanto nos pareceu. As vezes injustas, e as vezes é o que precisamos ouvir para pararmos e refletirmos em nossas vidas.


  Estava eu, pela quarta vez, no pré operatório do Hospital das Clínicas de São Paulo, quando depois de ver todos os pacientes serem encaminhados para o centro cirúrgico, percebi que ninguém vinha me buscar. O tempo foi passando e nada. O nervoso foi aumentando até o ponto de não aguentar tamanho descaso. Me pus a reclamar, quando lá de dentro saiu um rapaz baixinho e muito arrogante, e perguntou: - O que está acontecendo?  Comecei a despejar todo meu nervoso e indignação. Quando terminei ele me disse: - Se você não está contente, fale com seu médico, ele lhe dará alta e você vai para um hospital particular.


  Voltei para o quarto, e no meu leito remoí todos os sentimentos ruins que me arremeteram aquelas palavras.
  Horas mais tarde, apareceu meu médico.
  Perguntou-me oque havia acontecido e eu, já mais calma, relatei-lhe os fatos. Depois de ouvir-me atentamente, disse-me algumas coisas e dentre elas, que eu deveria ter mais humildade.


  Fiquei com meus pensamentos depois que ele se foi. Na verdade, sempre tinha ouvido esta palavra "humildade" mas percebi que não sabia o exato significado dela.
  Aos finais de semana, podia ir para casa, pois meu estado permitia isso. A primeira coisa que fiz quando cheguei lá foi procurar no dicionário a palavra que estava me perturbando. 
  Foi então que senti como se tivesse levado um tapa na cara.


  Humildade s.f. Virtude pela qual reconhecemos nossas limitações.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

21 anos de casados

Mais um
Ano juntos.
Recordar,
Cada instante.
Emoções, alegrias e tristezas,
Lutas, vitórias e conquistas,
Onde sempre prevaleceu o...

Amor.
Neste dia
Tão especial
Os
Nossos corações
Irão
Outra vez

Partilhar a
Alegria de estarmos
Lado a lado
Ouvindo nosso interior. Hoje...
Mais maduros, podemos ver a
Beleza de se ter alguém tão especial.
Obrigada. Te amo.


sábado, 16 de junho de 2012

Uma parte da minha vida

   Sou a caçula de quatro homens e com a doença de minha mãe, a família desestruturou bastante. Cada um sentiu de um jeito e eu pela pouca idade senti muito.
    Mamãe manifestou a doença quando eu tinha mais ou menos doze anos e morávamos em São Paulo. Nessa idade não tinha muita noção do que estava acontecendo e nem me lembro bem dos fatos.
    Meu pai, filho único, também não teve muita estrutura emocional para resolver algumas questões básicas e a vida foi seguindo. Somente quando mudamos para Santos em 1978 é que mamãe foi diagnosticada com o Mal de Alzheimer. Naquela época não se falava tanto e nem tratamento tinha direito.


    Com dezesseis anos senti todo o peso e o desamparo que me foi colocado nas mãos pelo fato de ser mulher. Lutei e relutei para não sair de Santos e ir morar em um sítio e cuidar de todos (pai, mãe e avó). No final de 1981 início de 1982, fui morar em uma república com algumas meninas. Não teve outro jeito e mamãe foi morar conosco em meados de 82. Papai nos mantinha financeiramente, e só.


    Cuidei dela durante quase um ano e dois meses e antes dela falecer, tive um esgotamento nervoso.
    Fui cuidada pela mãe de uma das meninas da república, e por um médico que através de remédios me deixou dormindo por uma semana (sonoterapia).


    Fiz 21 anos no dia 25 de agosto e no dia 27, mamãe faleceu.
    Acordei naquele dia chorando e assim fiquei o dia todo sem saber porque. Meu irmão veio me visitar e me encontrou daquele jeito e com muita cautela me convenceu  a arrumar uma malinha e ir ficar uns dias com papai em Pinhal, onde ele morava desde 1981, quando se aposentou. Disse que mamãe não estava bem e que precisávamos ir para São Paulo, onde ela estava hospitalizada. Na rodoviária minha cunhada me deu um calmante e contaram que ela já havia partido, daí para frente lembro-me de poucas coisas.


    No dia seguinte, depois do enterro vim para Pinhal com papai e me fechei no luto. Não tinha forças pra reagir. Assim o tempo foi passando e aos poucos tive que retomar minha vida, meus estudos (havia parado para cuidar dela) e meus exercícios físicos. Até que fui surpreendida pelos primeiros sintomas de Miastenia Gravis. Levou muito tempo para descobrirem oque eu tinha. Passei por nove médicos e só ia piorando até que a médica que diagnosticou a doença de minha mãe me encaminhou para o médico certo e depois de alguns exames, a Miastenia foi confirmada. Comecei com os medicamentos que me ajudaram muito.
    
     Já havia concluído o segundo grau como técnica em agropecuária e a Miastenia estava estabilizada quando no começo de 1988, conheci meu marido. Desde o começo, contei para ele sobre meu problema e assim mesmo começamos a namorar, foram dois anos e meio de muitas alegrias, tristezas e compartilhamentos, sempre juntos.


    A Miastenia ficou estabilizada até 1990, quando tive uma piora e nem com quantidades maiores de remédios não melhorava. Passei por uma consulta com o Prof. Dr. José Lamartine de Assis e com sua indicação, fui encaminhada ao Hospital das Clínicas. Depois de conseguir a internação, fiquei três meses esperando a vez de me submeter a uma Timectomia (retirada do timo).
   Em março de 1991 fui operada. Quase morri, mas como vaso ruim não quebra fácil, aqui estou.
  A doença e oque vi Hospital das Clínicas me fez uma pessoa melhor.


  No sofrimento crescemos e aprendemos a dar valor em coisas que antes passavam desapercebidas. Hoje depois de 21 anos estou bem, ainda tomo remédios mas tenho uma vida normal. Me casei em junho do mesmo ano, logo que voltei de São Paulo. Tive dois filhos, que só me deram e dão até hoje muita alegria. 
   Papai faleceu depois que eu já tinha as crianças, foi outro baque, e os filhos que me fizeram reagir.
   Sou muito feliz, me sinto muito amada e agradecida por tudo.

















terça-feira, 5 de junho de 2012

O gato Belo

     Papai era filho único e nasceu no interior, mais precisamente em um sítio que era dos seus avós maternos - sítio que até hoje está com a família-.
   Nasceu de parto normal em casa e contava que seu cordão umbilical não cicatrizava, talvez por ter sido cortado de forma errada. Ele dizia que minha avó estava ficando desesperada, pois já havia feito de tudo e nada adiantava. O medo era de perdê-lo, até que minha bisavó reuniu umas ervas, colocou em um recipiente e levou ao fogo. Aquela mistura torrou e ela triturou até formar um pó, e com aquilo curou-lhe o umbigo durante sete dias.
   Papai cresceu forte, mamou até quatro anos de idade.
   Foi uma criança cercada de carinhos e cuidados, pois alem dos pais, haviam os avós e tios que se faziam presentes em todos os momentos.
   Contava sempre muitas histórias de sua infância e uma dela eu gosto muito: a do gato que ele cuidou desde pequeno e deu-lhe o nome de Belo.
   Era um gato rajado, parecido com um tigrinho, e de tantos cuidados se tornou um gato bem grande e muito inteligente. Papai contava que todo dia, quando ia para escola, Belo ficava a sua espera na janela de casa e quando o avistava, vinha de encontro miando de satisfação e só assim ia comer. Só se alimentava quando papai tratava dele. Onde ele estava, Belo estava junto. Só faltava falar.
    Os anos se passaram e papai foi trabalhar em outra cidade. Ficava a semana toda fora e Belo sentiu muito, quase não se alimentava e não saia da janela, só esperando o momento da chegada. Quando isso acontecia, Belo se animava e era visível a transformação. Um dia porem, Belo se aproximou de papai, já estava velho e parecia doente, miou como se quisesse dizer algo e foi embora.
    Nunca mais apareceu, papai chamou, procurou e nada. Belo havia partido para nunca mais voltar. Dizem que os gatos somem quando sentem que vão morrer.



quarta-feira, 23 de maio de 2012

Curiosidades de Pablo Picasso

    Depois que mamãe faleceu, guardei alguns objetos pessoais dela e fazendo algumas arrumações encontrei sua coleção dos Gênios da Pintura de 1967, época que ela pintava telas a óleo. Fiquei encantada com os fascículos que contam a história de cada pintor, suas obras e curiosidades.
    Engraçado que só agora pude dar valor a esta relíquia que está comigo e resolvi dar uma olhada mais atenta. Achei a história de Picasso extraordinária e resolvi colocar aqui algumas curiosidades.


    O sobrenome Picasso era da mãe. Seu pai chamava-se José Ruiz Blasco. Nasceu em 25 de outubro de 1881 em Málaga, Espanha, passou a ser Pablo, em homenagem a seu tio, cônego da catedral da cidade; e Diego, como seu avô paterno; e José, como seu pai, nono filho de Diego; e Francisco de Paula, como seu avô materno; e Juan Nepomuceno, como seu padrinho; e ainda Maria de los Remedios, e Cipriano de la Santíssima Trinidad. Ficou assim: Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria de los Remedios Cipriano de la Santíssima Trinidad Ruiz y Picasso.
    Seu pai era professor de História da Arte numa escola provincial. Tinha três paixões: pombos, touros e pintura. A quarta nasceu com Pablo.
    Sua mãe, Maria Picasso Lopez - Robusta, vivaz, meridional - trouxe para casa um dote ponderável de várias vinhas, e ainda duas irmãs, Elodia e Heliodora, e a sua mãe Dona Ines Picasso.  
    Os primeiros dissabores apareceram no momento do parto. O nenê ficou inerte, não gritou, nem parecia respirar. O tio paterno, Salvador Ruiz Blasco, esperava fora a notícia do nascimento. Convencionalmente inquieto, fumava um grosso charuto. Quando soube do estado da criança, penetrou na sala de partos e soprou com força a fumaça no rosto do pequeno. Um grito fez-se ouvir, misturou-se com choro, e a vida venceu.
     A segunda dificuldade veio com a escola. Pablo não sabia ler, e não conseguia aprender. Não sabia escrever. Contas - nem se fala! Os exames constituíam uma barreira intransponível. Até que um professor transformasse os algarismos em desenhos. "Você vê", dizia-lhe a mãe, "que nada é tão difícil." "É só começar", incentivava o pai, "o resto virá depois."
    O resto veio mais depressa do que se esperava. A pedido de suas irmãs - Lola, nascida em 1884, e Conchita, nascida em 1887 - desenhava bonecas, pombas, cavalinhos, sóis, árvores, touradas as quais assistia com o pai. 
    Sua primeira obra, preservada, era um óleo sobre madeira, pintada aos oito anos, chamada O Toureiro. Picasso conservou esse trabalho por toda a sua vida, levando-o consigo sempre que mudava de casa.
    Sua história é bem interessante. Passa por muitas fases, cinco casamentos e obras marcantes. "Guernica" é uma delas juntamente com "Les Demoiselles d'Avignon".



     Uma curiosidade sobre a obra "Guernica": Durante uma revista de seu apartamento  parisiense, um oficial nazista observou uma fotografia do mural "Guernica" na parede e, apontando para a imagem, perguntou: Foi você quem fez isso? Picasso respondeu, após um segundo de reflexão: Não,vocês o fizeram.
      Foi o primeiro artista vivo a receber a honra especial de comemorar seus 90 anos de idade com uma exposição na grande galeria do Museu do Louvre.
      Pablo Picasso morreu a 08 de abril de 1973 em Mougins, França com 91 anos de idade. Encontra-se sepultado no Castelo de Vauvenargues, sul da França.